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domingo, maio 16, 2010

MULHER, POLICIAL!

As corporações Policiais Militares no Brasil possuem mais de dois séculos de existência, a mais antiga data de 13 de maio de 1809, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Por mais de um século e meio as mulheres não eram admitidas em suas fileiras. A primeira Corporação a mudar esta realidade foi a Polícia Militar do Estado de São Paulo na década de cinqüenta do século passado.

A primeira mulher no comando de um Batalhão ocorreu em Minas Gerais, Coronel Luciene Magalhães de Albuquerque, que em 1992 assumiu o comando do 34° Batalhão onde, durante três anos, comandou 800 policiais homens. A região da unidade era uma das que registrava os maiores índices de criminalidade na capital mineira, Belo Horizonte.

Ela institui então o Policiamento Comunitário, integrando os policiais com a população e o resultado foi dos melhores: os índices de violência na região caíram em até 90%.

Ainda e motivo de grande debate o papel da mulher nas forcas policiais militares, os mais retrógados afirmam que as mulheres não possuem forca física para efetuar uma prisão. São os mesmos que ainda acreditam que a função policial deva ser exercida por jagunços, e possuem em suas coleções de filmes Maquina Mortífera e/ou Duro de Matar, estes a realidade já se encarregou suplantá-los.

O século XXI exige um Policial técnico e inteligente, capaz de usar a força física quando necessário praticando as técnicas de defesa pessoal e imobilização, técnicas que podem ser usadas por qualquer adolescente de 14 ou 15 anos, de ambos o sexo, o “jeito” é muito mais eficaz que a força física.

A inteligência se faz primordial para a escolha do momento ideal para o uso destas técnicas e principalmente o real entendimento de sua função como um administrador de conflitos e/ou mediador de pequenas e medias crises.

Um exemplo real de nossa afirmativa ocorre hoje com a Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, o seu Comandante Geral possui o curso de Operações Especiais tão badalado pela mídia e reconhecidamente um dos melhores cursos da área no mundo e detém a graduação de Filosofia.

Não por coincidência foi o primeiro Comandante Geral a nomear como Comandante de Unidades mulheres e a implantar as Unidades de Policia Pacificadoras.

Atualmente no Centro de Formação de novos Policiais Militares do Rio de Janeiro, trezentos e cinqüenta mulheres, após uma seleção intelectual, física, documental e de saúde entre quarenta e sete mil inscritas, freqüentam o curso de formação de soldados com uma dura rotina de doze horas por dia de instrução, que abrange educação física, técnicas policiais, legislação penal, psicologia,ética e direitos humanos, biossegurança, tiro, auto defesa, informática, sociologia jurídica, legislação de trânsito, telecomunicações, história e criminalística aplicada.

Estaticamente, percentualmente, os índices de desvios de conduta são infinitamente menores no contingente feminino, são reconhecidas por sua dedicação ao trabalho, chamadas muita das vezes no jargão militar de “caxias”.

Acreditamos que boa parte das Unidades Pacificadoras de Policia receberam estas novas profissionais, o que em muito ira enriquecer estas unidades.

Sem receio de errar afirmamos que o futuro das Corporações Policiais Militares está dentro das cabeças das mulheres que integram suas fileiras.

Não será como nunca foi, um caminho fácil mudar as mentalidades e muito mais complicado que mudar a legislação, mas com certeza este caminho não tem volta.

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