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Policiamento é reforçado na comunidade nesta
quarta-feira
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Manifestação após morte de dançarino gerou confusão
na favela e no bairro de Copacabana
PABLO JACOB(
Cacos de vidro no chão, em frente à sede da UPP do Pavão-Pavãozinho:
unidade foi atacada durante protesto na favela Pablo Jacob / Agência O Globo
RIO - Peritos da
Polícia Civil chegaram cedo à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da
Favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, nesta quarta-feira. O local foi atacado
na noite de terça-feira, durante protesto de moradores pela morte do dançarino
Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG.
O toldo da entrada
da sede foi arrancado e o prédio, que fica no alto do morro, atingido por
diversas garrafas de vidro. Há muitos cacos espalhados pelo chão, no entorno da
unidade. Um carro estacionado em frente ao prédio foi incendiado, outro
apedrejado.
O policiamento foi
reforçado no Pavão-Pavãozinho, na manhã desta quarta-feira, segundo informações
da rádio CBN. O clima na comunidade, por volta das 0800h, era de tranquilidade. No
fim da tarde de terça-feira, moradores da favela deram início a um protesto
violento, para denunciar a morte do dançarino. Houve muito tumulto, confronto
com policiais, barricadas foram incendiadas e a confusão chegou às ruas de
Copacabana. Vias importantes do bairro ficaram fechadas até a madrugada.
A Avenida Nossa
Senhora de Copacabana, por exemplo, teve o trecho entre as ruas Almirante
Gonçalves e Sá Ferreira completamente interditado após virar praça de guerra. A
confusão, que também provocou o fechamento do Túnel Sá Freire Alvim, da Rua
Raul Pompeia, de lojas e de um dos acessos à estação do metrô da General
Osório, começou após a descoberta do corpo de Douglas, em uma creche da
comunidade. Ele fazia parte do elenco do programa “Esquenta”, da TV Globo.
Moradores do
Pavãozinho acusavam policiais da UPP de terem espancado Douglas. Eles começaram
o tumulto por volta das 17h30m, provocando pânico na região e atrapalhando a
volta para casa de trabalhadores. Parte da comunidade ficou sem luz.
Laudo cita
"ferimento transfixante do tórax"
Laudo preliminar do
Instituto Médico Legal (IML), a que o "Jornal da Globo", da TV GLobo,
teve acesso no fim da noite de terça-feira, determina que Douglas teve
“hemorragia interna, decorrente de laceração pulmonar por ferimento
transfixante do tórax. Ação pérfuro-contundente”.
Para a Polícia
Civil, as escoriações no corpo eram típicas de uma queda. A perícia do ICCE
encontrou, ainda, um rastro de sangue entre o muro onde, supostamente, o
dançarino teria caído e o pátio da Creche Lar de Pierina. Ainda segundo, ainda,
a Polícia Civil, não havia perfurações por balas de armas de fogo.
Na delegacia, a mãe do dançarino ficou indignada com a versão da polícia. “Ele não caiu do muro. Ele estava machucado. Ele tem marca de chute nas costas, na costela”, disse Maria de Fátima da Silva ao site G1.
Moradores do Pavão-Pavãozinho relataram, ainda, que Douglas estaria pulando muros da creche para fugir do tiroteio entre bandidos e policiais da UPP e teria sido confundido com traficantes.
O dançarino tinha duas passagens pela polícia: em 2011, por porte de droga para consumo próprio. Em 2010, teve passagem por ter agredido a mulher, Larissa de Lima Ignácio.
Na delegacia, a mãe do dançarino ficou indignada com a versão da polícia. “Ele não caiu do muro. Ele estava machucado. Ele tem marca de chute nas costas, na costela”, disse Maria de Fátima da Silva ao site G1.
Moradores do Pavão-Pavãozinho relataram, ainda, que Douglas estaria pulando muros da creche para fugir do tiroteio entre bandidos e policiais da UPP e teria sido confundido com traficantes.
O dançarino tinha duas passagens pela polícia: em 2011, por porte de droga para consumo próprio. Em 2010, teve passagem por ter agredido a mulher, Larissa de Lima Ignácio.
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