O GLOBO
Siro Darlan ordenou a soltura de cinco presos e mandou recolher mandados
de prisão contra outros 18 denunciados
POR ANA CLAUDIA COSTA E GUSTAVO GOULART
23/07/2014 12:09 / ATUALIZADO 23/07/2014 19:17
RIO — O desembargador Siro Darlan
concedeu, nesta quarta-feira, a liberdade para os cinco ativistas presos e
mandou recolher mandados de prisão preventiva contra outros 18 manifestantes
que eram considerados foragidos. Todos são citados no processo que investiga
atos violentos durante as manifestações. Eles tinham sido denunciados pelo
Ministério Público estadual por formação de quadrilha armada. Mais cedo, os
advogados do grupo haviam entrado com 20 pedidos de habeas corpus na 7ª Câmara
Municipal.
— Estou convicto
de que não é necessária a prisão. Mas apliquei algumas medidas cautelares, como
não se ausentar da cidade e comparecer regularmente à Justiça. Também mandei
recolher os 23 passaportes — disse o desembargador.
Entre os beneficiados pela decisão do
magistrado, estão Elisa Quadros, a Sininho; a professora Camila Jourdan, Igor
Pereira D'Icarahy e a advogada Eloísa Samy. Na manhã desta quarta-feira, Siro
Darlan tinha criticado os advogados por terem entrado com os pedidos de
liberdade ao mesmo tempo. Segundo ele, a medida impedia a celeridade necessária
para analisar os documentos. Segundo Siro Darlan, cada pedido tem no mínimo 30
páginas.
Darlan afirmou, ainda, que, ao contrário do que disseram os advogados
dos ativistas, ele nunca pediu informações à defesa sobre o processo:
— Eles estão complicando tudo. Eu não
tenho que pedir informações à defesa, e sim ao juiz e ao Ministério Público.
O desembargador informou que já pediu
informações do processo ao juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, que tem
cinco dias para dar as respostas.
Darlan já havia concedido, no dia 15,
habeas corpus para 13 de 19 pessoas que estavam com a prisão temporária
decretada pela Justiça. Na ocasião, a liberdade só não tinha sido estendida à
ativista Elisa Quadros, a Sininho, e a outros dois acusados porque, em seguida,
Itabaiana decretou a prisão preventiva de todos os 23 denunciados.
CORREGEDORIA DA ALERJ ESPERA RESPOSTA
DE DEPUTADA
Já o deputado estadual Comte
Bittencourt disse, na manhã desta quarta-feira, que a Corregedoria da
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) já enviou um ofício à deputada estadual
Janira Rocha (PSOL) pedindo
explicações sobre a acusação de que ela havia dado carona para ativistas que
estão foragidos da Justiça. O corregedor
da Alerj disse que aguarda a resposta por escrito, mas que a deputada tem cinco
dias para responder.
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