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domingo, julho 13, 2014

MANIFESTAÇÃO DURANTE A FINAL DA COPA







O GLOBO
De acordo com o Sindicato dos Jornalistas e Profissionais de Comunicação do Rio, pelo menos três jornalistas foram feridos durante o protesto contra a Copa do Mundo na Praça Saens Peña, na Tijuca, Zona Norte do Rio, na tarde deste domingo. Samuel Costa, diretor do sindicato e fotógrafo freelancer, foi ferido nas costas por estilhaço de bomba de gás lacrimogêneo. Mauro Pimentel, fotógrafo do Terra, teve o equipamento quebrado e foi agredido por PMs. Jason O'hara, documentarista canadense, foi agredido. Ele foi encaminhado para o Hospital Souza Aguiar. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, ele já foi atendido por causa de uma lesão na perna direita e passa bem. Dois ativistas do Mídia Ninja também foram feridos, segundo o sindicato. Felipe Peçanha e Ronaldo Guerreiro teriam tido os equipamentos quebrados e foram agredidos por PMs. A presidente do sindicato, Paula Máiran, estima que o número de feridos, entre jornalistas e comunicadores, chegue a dez. Ainda não há informações oficiais sobre quantas pessoas, no total, ficaram feridas no confronto, nem de quantas foram presas. Segundo advogados do grupo Habeas Corpus, oito pessoas foram detidas e levadas para a 21ª DP (Bonsucesso) e pelo menos uma, para a 19ª DP (Tijuca).

Entre os feridos está também o fotógrafo Loldano da Silva, que foi atingido por dois golpes de cassetete no braço esquerdo. Ele foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca. De lá, levado para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro, onde realizou uma radiografia. Uma diretora do Sindicato dos Jornalistas e Profissionais de Comunicação do Rio, Gisele Martins, teria passado mal por ser asmática e ter inalado gás lacrimogêneo.

Depois de um bloqueio policial que durou mais de três horas, o protesto de manifestantes contra a Copa do Mundo que acontecia na Praça Saens Peña foi dissipado por volta das 18h30m, mas o bloqueio policial continuou. Àquela hora, em um dos bares que estava dentro da área bloqueada, manifestantes e policiais acabaram se reunindo para assisitr à partida entre Argentina e Alemanha. Mais cedo, manifestantes entraram em confronto com policiais militares. Bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas contra o grupo, de cerca de 200 pessoas. Os PMs cercaram todas as vias de acesso à Saens Peña, e ninguém conseguia sair nem entrar na região. Quem tentava furar o bloqueio era impedido com bombas. Durante o confronto, a cavalaria da PM chegou a avançar sobre manifestantes, que levaram golpes de cassetete. A Rua Conde de Bonfim, principal via do bairro, ficou fechada até por volta das 19h, assim como os acesso à estação Saens Peña do metrô, que reabriu por volta das 18h45m, depois de quase três horas de portões cerrados. Segundo a concessionária Metrô Rio, isso aconteceu por medida de segurança, mas muitos passageiros reclamaram de terem ficado presos lá dentro.

AÇÃO DA PM É CRITICADA POR MORADORES DO BAIRRO

As barreiras montadas pela PM ao redor da Praça Saens Pena foi criticada por moradores, como Celso Jorge Santos, que não conseguiu passar pela Rua Conde de Bonfim para ir para casa:
— A polícia não me deixou ir para casa. Deveriam pensar na dispersão da passeata - disse.
O enfermeiro Cleiton Avelar estava passando pelo bairro e não conseguiu terminar o percurso até sua casa, no Grajaú.
— Estou há mais de uma hora tentando ir pra casa. Já tentei passar por sete barreiras e nada. Acho isso ridículo, o Maracanã é lá do outro lado, e todas as ruas de saída da Tijuca estão bloqueadas — reclamou.
Convocada pelas redes sociais, a manifestação foi organizada pelo movimento "Nossa Copa É Na Rua". Os ativistas carregavam faixas, com frases contra a Copa do Mundo, em português e inglês, além de bandeiras vermelhas de movimentos de esquerda e até uma da Palestina. Numa delas estava escrito "Copa de sangue". Além de gritar palavras de ordem, o grupo distribuía folhetos com reivindicações.
Muitos jornalistas, inclusive estrangeiros, acompanhavam o ato, além de representantes da mídia alternativa. O ativista Felipe Peçanha, da Midia Ninja, contou ter sido espancado por um grupo de PMs.
— Todos os policiais aqui estavam rindo de forma sádica das pessoas sendo agredidas. Eu não fiz nada de errado, só estou transmitindo o ato por um celular, e fui espancado, no chão, por oito PMs — afirma Felipe.

Por causa da interdição na Conde de Bonfim, ruas como a Heitor Beltrão, a General Roca e a Pinto de Figueiredo tiveram o trânsito interrompido. O tráfego ficou complicado na região.

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