RIO — Três pessoas foram detidas
numa manifestação no fim da manhã deste domingo, na Avenida Presidente Vargas,
durante o desfile de Sete de Setembro. O ato "Grito dos Excluídos" -
formado por organizações sociais e sindicais - se concentrou na Rua Uruguaiana
e seguiu até a Central do Brasil com cerca de 200 manifestantes, de acordo com
a Polícia Militar.
A confusão teria começado depois
que o grupo tentou invadir uma área isolada para o desfile. A polícia usou gás
de pimenta para dispersar a multidão. Uma bandeira do Brasil foi queimada
durante o ato, o que é considerado contravenção penal. Com isso, os detidos,
que não tiveram seus nomes revelados, foram levados para a sede da Polícia
Federal, na Zona Portuária.
A manifestação acabou atrasando a
liberação das pistas da Presidente Vargas. Os manifestantes carregavam faixas
vermelhas e brancas, além de bandeiras predominantemente vermelhas. De acordo
com o planejamento feito pela prefeitura, a avenida e demais ruas do entorno
deveriam ser liberadas logo após o fim do Desfile Cívico Militar. Policiais
foram deslocados para local e acompanharam o protesto.
Segundo Centro de Operações Rio,
as primeiras vias a serem liberadas ao tráfego foram a Avenida Rio Branco,
sentido Aterro, e as pistas laterais da Avenida Presidente Vargas, tanto no
trecho entre as avenidas Passos e Rio Branco, como a no sentido Praça da
Bandeira. O tráfego não apresenta retenções na região.
O tradicional desfile militar
pelo Dia da Independência atraiu, além do público, vários cabos eleitorais, que
distribuíram panfletos e usaram até alto-falantes para promover os candidatos.
O clima no evento, no entanto, foi bastante tranquilo, sem manifestações, como
no ano passado. O público foi formado, principalmente por crianças. O
aposentado Jader de Castro, morador de Bento Ribeiro, levou os netos para
assistir ao desfile, repetindo o que fazia com os filhos. Para ele, é
importante cultivar o patriotismo.
A parada militar também foi o
programa de domingo escolhido pela vendedora Rose Pereira, moradora da Penha,
que levou o filho de 9 anos para assistir ao desfile.
- Eu vim no ano passado também,
mas hoje está bem melhor, pois não há confusão. No ano passado, as bombas de
gás lacrimogênio invadiram a arquibancada - lembra Rose.
O desfile começou às 9h, com
público lotando as arquibancadas montadas na Avenida Presidente Vargas. O
esquema especial de trânsito teve início às 5h30m, com a interdição de todas as
pistas da Avenida Presidente Vargas, do prédio dos Correios até a Avenida Rio
Branco. Por causa disso, o tráfego apresentou retenção na região durante toda a
manhã, pegando os motoristas de surpresa. Como o Sete de Setembro caiu no
domingo, muita gente esqueceu que as ruas seriam bloqueadas para o desfile
militar. Equipes da Prefeitura atuaram para orientar os motoristas.
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