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sábado, janeiro 10, 2015

Polícia Militar vai adotar conceito de policiamento de proximidade em todos os batalhões


Objetivo é levar para as unidades prática existente hoje nas UPPs. Comandante-geral anunciou reestruturação na corporação
POR SÉRGIO RAMALHO
10/01/2015 6:00

Agência O Globo (07/01/2015)
RIO — Recém-nomeado comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Alberto Pinheiro Neto anunciou, nesta sexta-feira, uma reestruturação na corporação, que vai adotar em todas as unidades do estado o conceito de policiamento de proximidade, já colocado em prática nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A proposta é aproximar o policial do cidadão por meio de “batalhões legais”.
Ao anunciar a proposta durante encontro com integrantes da sociedade civil, organizações não governamentais, pesquisadores, promotores do Ministério Público estadual e empresários, Pinheiro Neto citou o filósofo, advogado e político anglo-irlandês Edmund Burke (1729-1797): “Para o triunfo do mal, basta que os bons fiquem de braços cruzados”.
UM PACTO COM A SOCIEDADE
A citação foi feita como um chamamento para que a sociedade participe diretamente da reestruturação da corporação. Para colocar em prática as mudanças, o governador Luiz Fernando Pezão vai assinar na próxima semana dois decretos. O primeiro vai detalhar a política de pacificação, criando um conselho de segurança a ser presidido por Pezão e integrado por representantes de secretarias e da sociedade civil. O segundo vai traçar os pilares do programa de polícia pacificadora, estabelecendo metas e, sobretudo, definindo mecanismos de acompanhamento e avaliação da tropa.
Durante o encontro, no Centro Integrado de Comando e Controle, na Praça Onze, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, propôs um pacto com a sociedade para manter o Rio pacificado. A participação pode se resumir à ida a uma delegacia para registrar um roubo, por menor que seja. Pinheiro Neto ressaltou que a subnotificação de crimes dificulta o mapeamento das áreas de maior incidência de roubos.
Para estreitar a relação da PM com o cidadão, o comandante-geral planeja qualificar o atendimento do 190. A ideia é conseguir que, após acionada, uma patrulha chegue em 13 minutos a um local de crime com risco à vida. Isso representa uma diminuição de 65% no tempo médio alcançado atualmente. Nos casos onde não há risco à vida, o tempo será de 16 minutos.
Pinheiro Neto também vai fazer mudanças na corregedoria da corporação, que terá atuação proativa, com o auxílio do Ministério Público. Com isso, o coronel espera diminuir os casos de desvio de conduta de policiais. O comandante-geral pretende ainda diminuir a letalidade nas ações policiais e planeja mudanças nas UPPs onde vêm acontecendo conflitos com traficantes.
A partir da implantação de UPPs no Complexo da Maré, onde as Forças Armadas estão desde abril de 2014, o processo de ocupação de territórios vai passar por uma avaliação profunda, que inclui o mapeamento das localidades conflagradas em comunidades como Complexo do Alemão, Rocinha e Morro do São Carlos (no Estácio). Nessas regiões serão realizadas ações cirúrgicas de unidades do Comando de Operações Especiais (COE).
Pelo planejamento do comandante-geral, até 2018, todos os batalhões da PM estarão atuando dentro do conceito de policiamento de proximidade.

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