Comandante da PM afirma que se sente à vontade para permanecer na função
'enquanto estiver nomeado'
POR GISELLE OUCHANA
17/09/2014 11:39 / ATUALIZADO 17/09/2014 21:43
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RIO - O secretário de Segurança José
Mariano Beltrame afirmou, na manhã desta quarta-feira, que não haverá mudanças
no Comando Geral da Polícia Militar. Esta semana,uma operação
da Subsecretaria de Inteligência prendeu 24 PMs por envolvimento em um esquema
de corrupção no 14º BPM (Bangu). Seis dos
presos são oficiais da corporação.
- Nós vamos continuar as investigações
e, se tiver algo revelador de novo, vamos punir e fazer o que tiver que fazer.
Mas não haverá nenhuma mudança - disse Beltrame, durante a cerimônia de entrega
de 50 carros e a incorporação de 200 homens ao 20º BPM (Mesquita).
Apesar do envolvimento dos policiais
com exigência de propina na região do 14º BPM, Beltrame avaliou positivamente o
trabalho do comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Luis Castro
Menezes.
- Se olharmos o número de prisões e a
quantidade de policiais nas ruas, além de trabalharmos interna e externamente,
percebe-se que estamos no caminho certo - afirmou o secretário, ressaltando que
as investigações não têm data para terminar.
Comandante Luiz Castro: à vontade no
cargo enquanto estiver nomeado - Maze Mixo / Extra
O coronel José Luis Castro Menezes,
também presente na solenidade, disse que se sente à vontade no cargo.
- (Sinto-me) muito à vontade. Enquanto
estiver nomeado vou exercer minha função.
O comandante afirmou que não tinha
conhecimento de investigações envolvendo o coronel Alexandre Fontenelle,
ex-comandante do Comando de Operações Especiais (COE) preso nesta
segunda-feira. Castro, que nomeou Fontenelle para o cargo, disse que recebeu a
notícia com tristeza:
- O coronel Fontenelle, até
segunda-feira, não tinha nenhuma notícia que manchasse sua ficha. Por isso ele
foi escolhido. A gente fica entristecido porque qualquer desvio de conduta,
seja ele de um coronel ou de um soldado, ele não é admissível e deve ser punido
e investigado com rigor.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, o
comando da Polícia Militar esclareceu que o coronel Alexandre Fontenelle de
Oliveira não era o terceiro nome na hierarquia da corporação. O chefe do
Comando de Operações Especiais, responsável por unidades como Bope, Batalhão de
Choque e Grupamento Aeromarítimo, é, segundo o comunicado, um cargo equivalente
ao dos oficiais que dirigem o Comando de Polícia Pacificadora e do Comando de
Policiamento Especial.
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