por Bruno
Amorim
09/10/2014
12:59 / Atualizado 09/10/2014 18:38
RIO - O secretário de Segurança, José Mariano
Beltrame, informou, nesta quinta-feira, que as investigações que levaram à
operação Ave de Rapina não atingem o comandante-geral da PM, coronel José Luís
Castro Menezes, que continua no cargo.
— O que interessa dizer para a sociedade é: nós não
estamos aqui para passar a mão na cabeça de ninguém, mas também não vamos
cometer nenhuma injustiça nem antecipar qualquer tipo de juízo. O nosso
compromisso é mostrar para a população que há um trabalho sério. Esse é o meu
compromisso aqui, até 31 de dezembro — afirmou Beltrame.
O governador Luiz Fernando Pezão também garantiu a
permanência do comandante-geral da PM no cargo.
— Até que se prove o contrário, ele tem todo o meu
crédito de confiança. Mas quem escolhe (o comandante da PM) é o secretário
Beltrame — afirmou.
Questionado se havia falha nos critérios para a
escolha dos comandantes de unidades da PM, o governador preferiu desconversar,
dizendo que o atual governo "não compactua com desvios".
— Não, é operação nossa. Estou acompanhando desde
segunda-feira, já sabia antes. A gente mostra que corta na própria carne. Não
tem calendário eleitoral. As pessoas antigamente colocavam esses problemas para
baixo do tapete porque poderia influenciar algum resultado eleitoral. Nos não
compactuamos nem com o tráfico, nem com a milícia. Muito menos com policial que
comete desvios.
Ao todo, 16 pessoas foram presas na Operação Ave de Rapina,
desencadeada nesta quinta-feira. Elas são acusadas de sequestrar
traficantes do Morro do Dendê, na Ilha do Governador, e exigir R$ 300 mil para
libertá-los. Entre os detidos estão o ex-comandante do 17° BPM, coronel Dayzer
Corpas Maciel, que fora transferido na véspera para o Comando de Policiamento
Especializado (CPE), e o chefe da Segunda Seção (P-2) do batalhão, 1° tenente
Vítor Mendes da Encarnação.
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