por O
Globo
14/12/2014
11:43 / Atualizado 14/12/2014 14:58
RIO - Policiais civis e militares fizeram uma
manifestação na manhã deste domingo na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio,
contra a morte de colegas em serviços. Cruzes com fotos dos policiais mortos
foram fincadas nas areias do Posto 6, em Copacabana. Em clima de comoção,
muitos parentes participaram da ação, que contou com cerca de 500 pessoas.
Vestidos com camisetas pretas ou brancas e com a
inscrição “Basta!” estampada, eles saíram de Copacabana e seguiram em
caminhadas até o Leme. Na lista dos manifestantes, oito reivindicações, entre
blindagem dos contêineres das UPPs, transformação de crimes contra policiais em
hediondo e amparo para familiares de policiais mortos em serviço.
Segundo uma das organizadoras do protesto, a cabo
da PM Flávia Louzada, disse ao Extra, somente em 2014, foram mortos 81 PMs, um
policial civil e um policial federal, além de 288 baleados em serviço.
— O movimento é para conscientizar a população da
guerra que está acontecendo no Rio de Janeiro, onde as pessoas que antes eram
caçadoras viraram a caça. Quando é rápido, a família só consegue receber algum
benefício do Estado apenas quatro meses depois da morte do ente querido. Com
isso, as famílias são duplamente penalizadas: pela perda do familiar e pela
falta de amparo financeiro — completou Flávia.
Mãe da policial Alda Rafael Castilho, morta em
serviço na UPP na Vila Cruzeiro, em fevereiro deste ano, Maria Rosalina Rafael
da Silva, de 60 anos, disse que vê como positiva a mobilização de familiares:
— Essas manifestações são importantes para
chamar a atenção das autoridades e da sociedade, que são omissas em relação à
morte de policiais. Choro todos os dias pela morte da minha filha. Se nada for
feito, outras Aldas vão continuar morrendo. As autoridades estão dando trela
para que a criminalidade continue a avançar
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